Segundo a Agência Nacional de Inteligência Geoespacial dos Estados Unidos (NGA) em parceria com o Centro Geográfico de Defesa (DGC) do Reino Unido, a anomalia magnética do Atlântico Sul que fica sobre o Brasil está crescendo.
Mas você sabe o que isso significa e como isso afeta as atividades no planeta Terra? Antes de entender a dimensão desta notícia, é preciso compreender o que é o campo magnético da Terra.
A Terra possui um campo magnético que é gerado em grande parte no centro do Globo, envolvendo toda a extensão do planeta como uma espécie de bolha, protegendo a superfície da radiação cósmica e das partículas energéticas que vem do Sol.
Esse campo magnético, é responsável pelo bom funcionamento de bússolas e também na migração de animais. Há, entretanto, uma peculiaridade sobre este campo magnético em um região específica: sobre a América do Sul e o Sul do Oceano Atlântico.
Neste perímetro, o campo magnético é mais fraco do que em outros lugares do planeta. A este fenômeno é dado o nome de anomalia magnética do Atlântico Sul e o Brasil é um dos países que é atingido por esse fenômeno.
Ainda segundo o relatório das agências dos Estados Unidos e do Reino Unido, a estimativa de crescimento da área da anomalia é de cerca de 7% entre 2020 e 2024. Em decorrência deste aumento, a intensidade do campo magnético chega a ser cerca de 1/3 da média no restante do planeta.
Em decorrência desta anomalia, ou seja, onde o campo magnético é mais fraco, é um local mais susceptível as partículas de radiação cósmica e vento solares, pois estes chegam mais perto da superfície do que o normal. Em outras palavras, é nesta região que a radiação penetra com maior intensidade.
Segundo os cientistas, a anomalia magnética do Atlântico não coloca em risco direto à vida humana, mas este fenômeno pode atingir a vida humana diretamente. Parece confuso, mas não é! Atualmente, com a expansão do fenômeno as consequências variam entre a danificação dos satélites que são atingidos por um nível maior de radiação.
De acordo com o mapa do DGC do Reino Unido, foi possível observar pontos branco, indicadores dos eventos causados por radiação nos satélites entre abril de 2014 e agosto de 2019, que também são uma representação do tamanho da da anomalia do Atlântico Sul.
Além da exposição à radiação, os especialistas alertam que a anomalia magnética do Atlântico Sul também deixa a região mais exposta à tempestades magnéticas, afetando os equipamentos tecnológicos como computadores.
O motivo exato para a existência da anomalia ainda não é um consenso no meio científico, mas independentemente dos estudos, ela continua em expansão para o Oeste e alguns estudos indicam que sua expansão deve continuar até que ela se divida em dois grandes núcleos.
Além da atenção voltada para o campo magnético da Terra, os cientistas não perdem o foco na tempestade solar que aconteceu em todo mês de maio deste ano. O impacto destes eventos sobre a tecnologia é iminente e, para ficar por dentro dos novos acontecimentos, continue acompanhando a pollvo news.