Quando você aperta play na sua playlist favorita no Spotify, Apple Music ou Deezer, você está ajudando a impulsionar um setor que nunca esteve tão em alta. Os direitos autorais musicais cresceram 25% globalmente e agora representam impressionantes R$250 bilhões – um marco que coloca a música à frente até da lucrativa indústria cinematográfica.
E para onde vai todo esse dinheiro?
A receita é dividida em duas grandes fatias: 63% para gravadoras e artistas, que surfam no sucesso do streaming, dominando o mercado digital com milhões de reproduções. E os outros 37% para compositores e editores, que recebem tanto do consumo direto (ou seja, suas plays e downloads) quanto de licenças para uso comercial, como em restaurantes, shoppings e até reproduções em séries de TV e filmes.
De 5% ao topo: O digital está dominando
Há uma década, o mercado digital representava apenas 5% das receitas da indústria musical. Hoje, o cenário é totalmente diferente: os serviços de streaming lideram, superando os meios de transmissão mais tradicionais como rádios e canais de TV. Esse modelo se consolidou e transformou o consumo de música em algo instantâneo, acessível e global.
Por outro lado, o mercado físico tem sua parcela de fãs dedicados. E aqui entra o renascimento do vinil, com um crescimento de 15,4% nas vendas globais. Nos EUA, os vinis estão prestes a ultrapassar as vendas de CDs em receita, gerando uma previsão impressionante de US$ 1 bilhão anuais até o final de 2024. O que era considerado ultrapassado agora virou artigo de luxo, com edições limitadas e capas que se tornaram peças de colecionador.
Enquanto o streaming cresce e o vinil ressurge, os shows ao vivo conquistam outra fatia importante do mercado. Hoje, eles superam as receitas obtidas com o licenciamento de músicas para uso comercial. Para os artistas, estar no palco não é somente uma oportunidade única de conexão direta com o público, mas uma grande fonte de renda. Por isso, vemos um número cada vez maior de turnês globais e produções espetaculares, consolidando os shows como uma experiência insubstituível, e em vários casos exclusivas.
Agora, umas curiosidades
Streaming e música digital são responsáveis por uma fatia esmagadora do consumo atual, mas as vendas físicas estão longe de morrer.
Além do renascimento do vinil, novas tecnologias, como NFTs musicais e shows em metaversos, começam a moldar o futuro da indústria.
O Brasil, por exemplo, é um dos mercados de streaming mais aquecidos do mundo, com plataformas como Spotify dominando os hábitos dos consumidores. Aposto que você tem uma playlist preferida nele, não é?
A música une gerações
O fascinante é como a música permanece relevante e universal. Seja por meio de plataformas de streaming, discos de vinil ou experiências ao vivo, ela continua a moldar culturas, unir pessoas e impulsionar inovações tecnológicas. Seja no streaming, no vinil, no palco ou nas dancinhas do Tiktok, a música continua unindo gerações e movendo o mundo.